Canto Gregoriano: Beleza a serviço da liturgia!

Antomines Adyarus
Por Antomines Adyarus
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Reflexão de Jose Eduardo De Oliveira e Silva sobre o Canto Gregoriano: a beleza colocada a serviço da liturgia e da oração da Igreja.

Para o  Pe. José Eduardo Oliveira e Silva, o canto gregoriano é mais do que um estilo musical antigo; é uma forma de oração cantada que educa o coração para o silêncio, a escuta e a adoração. Em tempos de pressa e dispersão, ele restabelece a cadência interior e devolve à comunidade o senso do sagrado. Se o seu propósito é introduzir ou renovar o canto gregoriano na paróquia com participação consciente e frutuosa, continue a leitura. Descubra fundamentos, passos práticos e critérios pastorais que unem beleza, doutrina e comunhão.

O que é o canto gregoriano e por que ele permanece atual?

À luz da tradição, o canto gregoriano é o repertório próprio da liturgia romana, composto para a Palavra e para o altar. Conforme o teólogo José Eduardo Oliveira e Silva, trata-se de música a serviço do mistério, na qual a melodia nasce do texto sagrado e conduz à oração contemplativa. Em consonância com essa natureza, a simplicidade exterior esconde grande profundidade espiritual.

O gregoriano permanece atual porque respeita a primazia da Palavra, sustenta o recolhimento e favorece a participação interior. Assim sendo, ele não concorre com a assembleia; antes, a conduz com suavidade, evitando ruído e exibicionismo.

Jose Eduardo De Oliveira e Silva nos convida a redescobrir o Canto Gregoriano como expressão de beleza e devoção na liturgia.
Jose Eduardo De Oliveira e Silva nos convida a redescobrir o Canto Gregoriano como expressão de beleza e devoção na liturgia.

Textos, modos e melismas: Como a música serve a Palavra?

Do ponto de vista do filósofo José Eduardo Oliveira e Silva, a relação entre música e texto é decisiva. Modos e melismas não existem por virtuosismo, mas para acentuar o sentido bíblico e litúrgico. Ademais, as peças se distribuem ao longo do Ano Litúrgico, acompanhando tempos de penitência, festa e esperança.

Antífonas, introitos, ofertórios e comunhões compõem um caminho pedagógico. Em vista disso, a assembleia lê, canta e reza a mesma verdade, tornando-se povo educado pela Palavra que canta. Dessa forma, o coração aprende a saborear a Escritura também pelos ouvidos.

Latim e participação: Complementaridade que ilumina

Segundo a pedagogia eclesial, o gregoriano costuma ser cantado em latim. Como pontua o Pe. José Eduardo Oliveira e Silva, isso não diminui a participação, desde que a comunidade receba mistagogia e materiais bilíngues. Portanto, folhetos simples com tradução, pronúncia e breves explicações tornam o repertório acessível.

Além disso, respostas do Ordinário, como Kyrie, Gloria, Sanctus e Agnus Dei, podem ser ensinadas de modo progressivo, de tal sorte que todos participem com segurança. Desse modo, a catolicidade se torna audível, e a paróquia experimenta a mesma oração da Igreja espalhada pelo mundo.

Princípios pastorais: Nobre simplicidade, silêncio e unidade

À vista da vida paroquial, três princípios orientam a prática. Primeiro, nobre simplicidade: escolher peças adequadas ao nível do coro e do povo, evitando repertórios que excedam as possibilidades locais. Segundo, silêncio: permitir respirações contemplativas antes e depois dos cantos, para que a graça fale ao coração. Terceiro, unidade: integrar ambão, altar e assembleia, de modo que música e ritos digam a mesma coisa.  Em consequência, a liturgia ganha coesão: o que se canta confirma o que se proclama e o que se celebra confirma o que se crê.

Coro e assembleia: Papéis distintos, oração comum

O coro não substitui o povo; serve-o. Segundo José Eduardo Oliveira e Silva, o melhor critério é perguntar se a música facilita a participação interior e exterior da assembleia. Por outro lado, microfones e volumes devem ser contidos, para que a voz do povo permaneça audível.

É sábio alternar trechos solistas, versículos responsoriais e respostas do povo, formando um diálogo orante. Desse modo, todos se reconhecem corresponsáveis pela beleza do culto, e ninguém se sente espectador.

@joseeduardoesilva

O Padre Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva ensina que o exame de consciência não é só para a Confissão, mas um hábito diário que fortalece a vida cristã. 🙏 DrJoséEduardoDeOliveiraESilva JoséEduardoDeOliveiraESilva QuemÉJoséEduardoDeOliveiraESilva OAconteceuComJoséEduardoDeOliveiraESilva FilósofoJoséEduardoDeOliveiraESilva TeólogoJoséEduardoDeOliveiraESilva PeJoséEduardoDeOliveiraESilva TudoSobreJoséEduardoDeOliveiraESilva PadreDaMinuta

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Beleza que ora, verdade que canta

O canto gregoriano revela a beleza humilde do Deus que fala ao coração por meio da Palavra cantada. Quando a paróquia canta com fé, a unidade se torna audível, a doutrina permanece clara e a esperança amadurece. 

Dessa forma, a assembleia aprende a rezar com um só coração e uma só voz, e a liturgia, longe de ser espetáculo, volta a ser teofania de amor. O gregoriano não é saudade do passado, mas profecia de comunhão: música que escuta, voz que serve e silêncio que acolhe a presença. É por isso que vale recuperá-lo com paciência e prudência, até que cada domingo cante a mesma fé com novo fervor. Assim, cresce a paz, floresce a caridade e resplandece, discretamente, a glória de Deus no meio do seu povo.

Autor : Antomines Adyarus

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