Centro de Bionegócios da Amazônia lança projeto para atrair empresas do Polo Industrial de Manaus

Antomines Adyarus
Por Antomines Adyarus
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O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) apresentou, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), na manhã desta segunda-feira (29/04), o projeto CBA Conecta para representantes das empresas de diversos segmentos do Polo Industrial de Manaus. A iniciativa teve o objetivo de estimular um ambiente de colaboração entre o CBA e as indústrias, visando a formação de parcerias que possam resultar em soluções e negócios no âmbito da bioeconomia.

O secretário da Economia Verde, Descabornização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, ao lado do diretor-geral do CBA, Márcio Miranda, e do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, apresentou aos participantes o portfólio de serviços do CBA, bem como os projetos que já estão aptos a receber investimentos da Lei de Informática, além das atividades que os laboratórios do Centro estão aptos a realizar nas áreas de produtos naturais, materiais e energia, tecnologia vegetal, bioinsumos, tecnologia industrial e central analítica.

“Estou impressionado com o interesse do mundo inteiro na área de bioeconomia. Toda semana recebo dois, três embaixadores de vários lugares do mundo querendo informações sobre a Amazônia. E a grande novidade desse novo CBA é que ele deixa de ser um centro de pesquisa para ser também um centro, sobretudo, de bionegócios, para que, em parceria com as empresas privadas, especialmente empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), possa desenvolver produtos e negócios a partir da biodiversidade da Amazônia que gerem riqueza e renda para as comunidades locais”, destacou Rollemberg.

Ele ressaltou que, a partir do novo modelo de gestão, o CBA passou a ser uma instituição privada com versatilidade para captar recursos das empresas incentivadas do PIM as quais, pelas regras da Lei de Informática, são obrigadas a investir 5% do faturamento bruto em PD&I.

“Esses recursos serão fiscalizados pela União e as empresas ao aportarem recursos para o CBA já cumprem com a sua obrigação legal, seja nos projetos que já estão em curso, ou ainda poderão sugerir novos, se assim desejarem”, afirmou.

O diretor-geral do CBA, Márcio Miranda, afirmou que o Centro passa por um importante momento em sua trajetória e agradeceu o apoio e o envolvimento de diversos agentes e mecanismos do governo federal para que o CBA possa caminhar na direção certa visando à execução de sua missão.

“Queremos eliminar o estigma dos investimentos em “bio” sem retorno, mostrar que as empresas do PIM podem ser parceiras na reestruturação do CBA e para isso queremos envolver os empresários na geração de ideias para bionegócios. Demonstraremos como investir com segurança os recursos das obrigações da Lei de Informática em bionegócios”, afirmou. Para isso, será importante conectar os setores de produção, investimento e mercado com os entes da pesquisa, de governos e da sociedade civil.

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou a importância dos diálogos voltados aos assuntos estratégicos para o futuro da Amazônia e fez, ainda, uma comparação do projeto “CBA Conecta” com o projeto das “Jornadas de Integração e do Desenvolvimento” promovidas pela Suframa nos Estados da sua área de abrangência. De acordo com ele, ambas buscam fomentar ambientes de colaboração e disseminação de informações com a finalidade de estimular a geração de negócios. “Este evento de hoje é apenas o início de outros similares que serão realizados pelo CBA. É uma importante forma de mobilização e de aproximação entre o CBA e as indústrias, centros de pesquisa, universidades e outros, visando à formação de parcerias. O que nós veremos aqui é um portfólio dos serviços que vão remeter para o futuro do nosso Estado e da nossa Amazônia, especialmente”, pontuou Saraiva.

Entre as propostas apresentadas como parte do processo para tornar o CBA um ambiente promotor de negócios e inovação, foi apresentado o ‘CBA Open’ que consiste em uma estrutura compartilhada com empresas, associações, organizações de fomento e ICT, espaços de coworking e de realização de eventos, laboratórios multiusuários, um condomínio de startups e o estabelecimento de parcerias com renomadas escolas de bionegócios.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Nelson Azevêdo, a instituição disponibilizará todo o apoio que for necessário para contribuir com o trabalho do CBA em prol do desenvolvimento econômico e social da região.

A próxima edição do CBA Conecta pretende alcançar os Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT’s) de caráter público e privado, bem como as associações e cooperativas.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado Amazonas (FIEAM) também participaram do evento.

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