Do canteiro de obras à sala de reunião: o engenheiro como gestor estratégico

Antomines Adyarus
Por Antomines Adyarus
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Ricardo Chimirri Candia analisa a transição do engenheiro de campo para gestor estratégico nas organizações.

Conforme explica Ricardo Chimirri Candia, a engenharia sempre foi associada à execução técnica e à resolução de problemas estruturais, elétricos, mecânicos ou civis. No entanto, com as mudanças no mercado e o aumento da complexidade dos projetos, o papel do engenheiro vem se expandindo para além dos limites dos canteiros de obras. Hoje, o engenheiro é cada vez mais visto como um profissional estratégico, capaz de liderar equipes, tomar decisões gerenciais e atuar diretamente na definição de metas e diretrizes corporativas. 

Como o engenheiro se transforma em um gestor estratégico?

Essa mudança de perfil não acontece por acaso: ela reflete a necessidade das empresas por profissionais que aliem conhecimento técnico à capacidade de gerir projetos e pessoas. O engenheiro, por sua formação analítica e raciocínio lógico, já possui uma base sólida para análise de dados, planejamento e solução de problemas. O que se espera agora é que esse profissional também saiba comunicar-se com clareza, tomar decisões com base em indicadores e liderar equipes multidisciplinares com foco em resultados sustentáveis.

A transformação digital e o uso crescente de tecnologias como BIM, IoT e inteligência artificial têm exigido uma postura mais estratégica por parte dos engenheiros. Ricardo Chimirri Candia informa que o profissional que entende o impacto dessas tecnologias no negócio, e consegue integrá-las de forma eficiente, assume naturalmente um papel de liderança dentro das organizações. Assim, ele deixa de ser apenas executor para se tornar um articulador entre áreas técnicas e administrativas.

Quais habilidades são essenciais para esse novo perfil?

Para atuar como gestor estratégico, o engenheiro precisa desenvolver competências que vão além da engenharia tradicional. Habilidades como liderança, inteligência emocional, gestão de projetos, finanças corporativas e comunicação são indispensáveis. Cada vez mais, cursos de MBA, especializações e treinamentos são procurados por esses profissionais como forma de preencher essa lacuna entre o técnico e o gerencial.

Ricardo Chimirri Candia
A visão de Ricardo Chimirri Candia sobre o papel do engenheiro como líder além do canteiro de obras.

A capacidade de tomada de decisão baseada em dados, o pensamento sistêmico e a habilidade de negociação também são pontos-chave. O engenheiro que sabe interpretar cenários de mercado, calcular riscos e antecipar tendências torna-se peça fundamental na definição de estratégias empresariais. Portanto, Ricardo Chimirri Candia frisa que a busca por aprendizado contínuo e adaptabilidade é o que diferencia o engenheiro tradicional do gestor estratégico moderno.

Qual o impacto dessa mudança nas empresas e nos profissionais?

As empresas que incentivam essa evolução do engenheiro colhem os frutos em forma de inovação, eficiência e maior alinhamento entre áreas. Ter um profissional com visão técnica e estratégica na liderança de projetos reduz falhas, melhora prazos e otimiza recursos. Além disso, esse tipo de profissional contribui para um ambiente de trabalho mais integrado, onde os objetivos do negócio são claramente compreendidos por todos os envolvidos.

Do ponto de vista do engenheiro, essa mudança representa uma grande oportunidade de crescimento profissional. Ricardo Chimirri Candia ressalta que ao se tornar um gestor estratégico, ele amplia seu campo de atuação, aumenta sua empregabilidade e participa de forma mais ativa nas decisões que moldam o futuro da empresa. Essa transição pode ser desafiadora, mas também extremamente recompensadora para quem está disposto a sair da zona de conforto e desenvolver novas habilidades.

O engenheiro do futuro é também um líder

A atuação integrada entre técnica e gestão se mostra essencial em um cenário competitivo e em constante transformação. Para os profissionais da área, a mensagem é clara: é preciso ir além dos cálculos e planilhas, investir em desenvolvimento pessoal e assumir um papel mais ativo na liderança de equipes e projetos. O engenheiro que entende essa nova dinâmica é o que conquistará espaço não apenas nos canteiros de obras, mas também nas salas de reunião onde se definem os rumos das organizações.

Autor: Antomines Adyarus

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