Chuvas no RS: 85% das empresas atingidas não possuem seguro, diz governo estadual

Antomines Adyarus
Por Antomines Adyarus
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Microempresas foram as mais afetadas

Das empresas atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, 85% não possuem qualquer tipo de seguro contra perdas ou danos, apontou um levantamento parcial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado (Sedec).

Entre os dias 15 e 29 de maio, 15,2 mil empresas preencheram um formulário de danos elaborado pelo Gabinete de Apoio ao Empreendedor do Sedec.

Os pequenos negócios foram os mais impactados pelas chuvas. De acordo com os dados parciais, 36,5% desses CNPJs são microempresas.

Além destas, outros 26% são Microempreendedores Individuais (MEI) e 23% são empresas de pequeno porte.

Mais de 9.000 empresas disseram ter sido fortemente impactadas pelas enchentes, sendo que cerca de 5.600 seguem inoperantes.

Esses números, contudo, ainda são parciais. O levantamento do Sedec tem objetivo de quantificar as perdas para que o estado possa traçar um plano de ação mais eficiente para atender os negócios impactados.

“Precisamos do maior número possível de participantes para ter um melhor entendimento das perdas, o que vai ajudar na formatação de linhas de crédito adequadas para o perfil de cada empresa”, reforçou o secretário do Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo.

Principais desafios
A pesquisa aponta que o bloqueio das vias é um dos principais entraves para as empresas dos setores de comércio, indústria e serviços, que não estão conseguindo escoar e nem captar produtos.

Metade das empresas da indústria destacam que o escoamento de seus produtos está em condição grave, enquanto 56% do setor de serviços vê os acessos danificados como principal impacto.

Já no agro, os principais impactos sentidos foram as perdas na produção e danos à infraestrutura.

Como acessar o formulário
O link para o formulário será enviado para os empreendedores com negócios no estado e também está disponível no portal do governo gaúcho.

A pesquisa solicita a identificação da empresa — além do CNPJ, é solicitado o porte, número de colaboradores e área de atuação — uma avaliação do impacto aos negócios e a estimativa de prejuízo.

Com o formulário, o governo também busca saber se o empreendedor tem conhecimento sobre linhas de crédito disponíveis e se elas serão necessárias para a retomada da empresa.

Questões logísticas também estão entre as perguntas do documento. A Junta Comercial do RS (JucisRS), vinculada da Sedec, vai auxiliar o processo fazendo o cruzamento de dados para ter um panorama da situação.


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