Uma empresa de marketing político acusou o candidato Marcos Cintra Marçal e o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) de não pagarem uma dívida relacionada à campanha eleitoral de 2022. A denúncia foi acompanhada da divulgação de um contrato assinado por uma pessoa condenada por tráfico de drogas, o que adiciona uma camada de complexidade ao caso.
A empresa, especializada em estratégias de comunicação para campanhas eleitorais, afirma que o valor devido ultrapassa R$ 1 milhão. Segundo a acusação, o contrato foi firmado para a prestação de serviços durante a campanha de Marçal ao governo de São Paulo, mas os pagamentos não foram realizados conforme o combinado.
Documentos apresentados pela empresa mostram que o contrato foi assinado por uma mulher que possui antecedentes criminais por tráfico de drogas. Essa revelação levanta questões sobre a idoneidade dos envolvidos e a transparência das operações financeiras do partido.
O PRTB, por sua vez, nega as acusações e afirma que todos os compromissos financeiros da campanha foram cumpridos. Em nota, o partido declarou que a empresa não entregou os serviços conforme estipulado, justificando assim a suspensão dos pagamentos.
Marcos Cintra Marçal, que foi o candidato do partido ao governo paulista, também se defendeu das acusações. Ele alegou desconhecer os detalhes do contrato e afirmou que a responsabilidade financeira era do partido, não dele pessoalmente.
Especialistas em direito eleitoral comentam que casos como este não são inéditos, mas ressaltam a gravidade de um contrato ser assinado por alguém com antecedentes criminais. Isso pode indicar falhas nos processos de verificação e compliance do partido.
A situação está sendo investigada pelas autoridades competentes, que irão apurar a veracidade das acusações e a legalidade dos documentos apresentados. Dependendo dos resultados, o caso pode ter desdobramentos judiciais significativos para os envolvidos.
Enquanto isso, a empresa de marketing político busca na Justiça o recebimento dos valores que alega serem devidos, e o caso continua a gerar repercussão no cenário político, levantando debates sobre a ética nas campanhas eleitorais no Brasil.